sábado, 23 de agosto de 2008

Ana Luísa

Digam o que disserem, ela é mais fofa que todos os outros cara-de-joelho que tem por aí. E hoje é aniversário dela, 1 ano. O tempo voa, não?

E eu, mesmo sem irmãos ou namorada, sou tio. =)


Faz o porquinho, faz!

sábado, 16 de agosto de 2008

Pérolas

Cada coisa que a gente lê.

* * *

(na Sta. Ifigênia, vendo orçamento de PC com a Fields)

- E esse é o preço à vista? Tem desconto?

- À vista tem 5%, ou você pode falar com o Fulano ali pra negociar.

- E com cartão, cheque, como faz? Pode parcelar?

- Cartão faz em 3 e em cheque, pela financeira, faz em 7, tudo sem juros.

- Beleza, então você pode anotar a forma de pagamento atrás, por favor?

O sujeito começa a escrever, erra uma... pára, pensa. Recomeça e termina de escrever. Quase não deu tempo de sair antes de começar a rir, espantado e maravilhado ao mesmo tempo. Ele tinha acabado de inventar uma nova forma de pagamento, tadinho, e matou o cheque.

Olha aí:

Impagável, em sentido literal e figurado. Ao menos em 7 vezes.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

10%

"Garçom, mas eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção"
-- já falei sobre Garçom, do Reginaldo Rossi.

* * *

Pra muita gente, na hora de comer fora a comida e a babida são o fator de maior importância, não é segredo. E isso tem lá sua lógica, porque imagine você ir ao Fasano, pagar a bagatela de R$ 82 num prato de comida e o treco ainda vir ruim, ou a cerveja quente? Não dá, não mesmo. Pior é quando você paga, por exemplo, mais de R$ 40 numa pizza e quando ela chega a vontade de falar é "Opa, chegou metade dela. Cadê o resto?", de tão pequena que ela é. Drink preparado com muito gelo, doce demais ou mesmo forte demais também não ajuda, mas pelo menos no último caso você fica bêbado, então até passa. Coloca um gelinho que tá tudo certo.

Agora, especialmente desde que comecei a andar com pessoas que fizeram/fazem Senac, no caso Hotelaria, eu passei a prestar mais atenção a uma coisa, que no fundo sempre foi super importante pra mim: o serviço. Prova disso é que eu penso duas vezes antes de voltar a bar onde o garçom tá de má vontade, ou dá rolo na conta e o povo do bar não quer nem conversar. Tudo bem, bêbado fazendo conta não é a coisa mais lógica do mundo, mas tem bar que abusa da boa vontade e do teor alcóolico. No caso de garçom com má vontade, acho que o primeiro sinal que eu tive foi na Pizza Hut, indo pra Bienal do Livro, em 1998 - os caipiras vinham pra SP e tinham que passar no shopping, claro. A mulher atendeu a gente tão mal que eu fiz questão de falar "E traz os 10% no troco porque a gente não vai pagar", pra ver uma cara de bosta e outra mulher trazer o troco. No segundo, foi no Bar Baro, ali na Vila Olímpia, dois anos atrás, quando meus amigos e eu tivemos que ser escoltados pela PM pra fora do bar pelo rolo que deu com a conta, a Amanda em prantos e o bar querendo botar seguranças-gorila pra gente pagar por coisas que não tínhamos consumido (nem a tal tequila, por incrível que pareça). Aliás, hostess com cara de cu também não me agrada, e deve ser requisito pro El Kabong de Pinheiros.

Serviço conta DEMAIS. Pra muita gente, tem que ser impecável, mas pra mim a coisa não pode ser ruim, seja ela como for. Confesso que gosto mais do garçom que vai te dar tapinha nas costas e gritar no meio da cantina "Salve o Corinthians!", sendo que ele é palmeirense - esse, no caso, é o garçom personificado, impressionante. Aquele outro que vai beber com você depois do expediente, até sua amiga já bêbada dar PT e ameaçar vomitar de tanto vinho. Ou mesmo garçom que faz piadinha com você, sendo ao mesmo tempo mega educado pra te servir um beirute delicioso. Tem garçom que tá há tanto tempo na mesma lanchonete (e ele é o único que tá lá, juro) que deve ser dono já. Sempre que eu vejo esses caras, ou mulheres, eu penso que contrataria pro bar que eu ainda vou abrir, e até então tinha uma listinha de uns 5 garçons.

Ah, por sinal, a palavra 'garçom' vem do francês. Pra eles, garçon significa 'menino', mas aqui essa merda dessa palavra é com M e NS no plural, só. No português antigo, por outro lado, 'garçom' designa um sujeito desonesto. Aqui no Brasil, se você parar pra pensar, eles são sempre o Bigode, o Ceará, o Baixinho, o Zé, o Pelé e por aí vai, sem erro.

Daí que quarta agora eu fui finalmente ao Joakin's, e eles têm mais um que vai ser contratado, o Moacir (esse é com I). Mas o detalhe é que eu não faço a menor idéia do nome do sujeito, mas ele é manco, cheio de rugas e é a CARA do Moacyr Franco, e tem uma cara de mau humorado que eu nunca vi, some do nada (o melhor comentário sobre isso foi "Tá lá na cozinha aquecendo a voz") e nem olha na cara da gente, porque é estrelinha e só atende quem ele quer. Sem contar que logo depois veio o Joacir (não é piada), que puxou o tapete do Moacir e assumiu o cargo de gerente de mesas antes, safado. Mas tá contratado, porque eventualmente alguém ia achar graça e acabar voltando, e ele vai receber mais que os 10% dele, porque vai ter gorjeta e, um sorriso e um obrigado sinceros, que garantem a fidelidade do cliente.

Juro, é muito bom voltar à Mercearia São Pedro e ver o sujeito chegar com um sorrisinho na cara e soltar um "Vai outra capirinha de pinga aí?", tirando com uma coisa que rolou em 2005. Eu, é claro, sempre aceito. E volto depois, sempre deixando meus 10%.