segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Primeira Impressão

Dizem que a primeira impressão é a que fica, mas eu pelo menos já vi provado por A + B que isso é lorota. Quem se interessaria tanto por alguém que, logo na primeira noite, vomita numa festa porque "caiu a pressão"? Ou mesmo um cara que senta na sua frente, sorri, bate papo e paga pau pra menina ao lado? Mas ainda assim a gente consegue relevar a situação e mudar tudo, porque é meio óbvio que primeiras impressões podem ser erradíssimas.

Não só de pessoas, porque tem uma porção de bandas que, à primeira ouvida, foi uma "Afe, que merda é essa?" pra dali um tempo estar dizendo "É, bem legal", como foi o Manic Street Preachers ou mesmo o Keane, sendo que pra esse teve até som entoado no talo, e mais um tanto de partes mais chatas. Ainda assim, foi a primeira impressão que foi errada (ah, o Beck teve isso também comigo).

Mas voltando às pessoas, chega a ser irritante como tanta gente "fecha" a cara e nem quer mais saber dos outros, não vai com a cara às vezes sem motivo e fica por isso mesmo. Ou nem chega a tanto, mas cria uma indisposição mais enraizada que jatobá na Bahia, e isso em 5 minutos. Parece, na verdade, minha mãe que, depois de 5 ou 10 minutos, decidiu que "Cidade de Deus" era uma merda de filme e não ia ficar acordada pra ver, mesmo com a opinião pública e até a da Veja contra ela. E o duro é que isso não é coisa de gente mais velha, not at all. Molecada e "jovens" adultos muitas vezes fazem a mesma coisa.

Claro que tem coisa que é chata ou ruim mesmo, e gente com quem o santo não bate nem depois de reza braba, mas por que não dar essa chance só lá pela terceira vez? Afinal, mulheres, que impressão nós, homens, faríamos de vocês se tivessemos a sorte de conhecê-las na TPM?

Às vezes, ainda é o contrário, porque a pessoa vai com a sua cara, e você tem a bendita impressão de que todo mundo não gostou, achou ruim, detestou, odiou, e tem mais é que sentar "o dedo nessa porra". Seja algo que você fez, seja você mesmo. Mas a maldita é, no fundo, a mesma, e talvez ainda mais difícil de lidar, porque não dá muito pra deixar de lado, já que você vive consigo mesmo.

Acho que, no fundo, escrevo isso porque essa semana me veio como eu mesmo tenho problemas com isso, especialmente a segunda parte. Acho que sou mais crítico pra música e filmes, mas com pessoas bem aberto (ui!), tanto que é bem difícil eu não dar um parecer inicial diferente de "Gente boa" pras pessoas, como já me zoaram bastante. Mas quando é comigo mesmo, a coisa muda. Você pode até ficar no bar até 2 da manhã sendo que ia embora às 23h que eu ainda vou achar que a pessoa não foi com a cara ou ficou porque não tinha coisa melhor pra fazer. Chato, né? Mas ainda mudo isso! rs

(e pelo amor de Deus, não estou pedindo pras pessoas terem pena de mim, até porque acho que tive bem clara algumas demonstrações de como já estive errado, e até vivo uma delas)

Aproveito pra agradecer uma das pessoas que conseguiram me fazer ver que ainda posso causar uma boa primeira impressão, e sem orkut ou MSN pra ajudar, nem mesmo álcool. É isso que faz a esperança ficar viva de que eu ainda chego lá. Coloco uma foto nossa, que não reflete de forma alguma como eu gosto dela, mas ainda assim... é ótima! E não é bafo, eu que fiz careta na hora da foto mesmo.

E, pra quem fica, "beeeeeeeeeeeeeejo".

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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pérolas

(vagando pelas ruas de Ouro Preto)

- Ah, velho, a gente fica mesmo inventando umas coisas pra isso de CS, mas o mais comum é o Casual Sex mesmo. Nunca tinha ouvido essa?

- Um amigo meu diz que isso de sexo casual é muito mal visto. O cara nem conhece a menina, e ela vai querer deitar a cabeça no peito, fazer carinho. Ele diz que o ideal seria fazer, e quando acaba, o cara vira de lado. Quando volta, a mulher sumiu e aparece uma mesa com cerveja e dois chegados dele pra bater papo e falar do sexo.

- Mas ele aparece de roupa já?

- Daí é problema dele, sei lá.

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A velha sabedoria mineira, em homenagem ao Sr. Ilustríssimo Embaixador Ricardo. Colega.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

a.k.a. "the Nicest Man on Rock"

Outro dia ainda, lendo a revista Rolling Stone pude fazer duas constatações. Uma que a revista ainda precisar comer muito arroz com feijão, e outra: Dave Grohl é um cara legal.

Ele deu uma entrevista logo antes de soltar o novo disco do Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience and Grace, e era uma coisa muito legal de se ler, ainda mais considerando a imagem de um cara meio doido que ele é, ou mesmo o esteriótipo do "rock n' roll star". Ele fala de família, de como é importante ter essa base, que eles são até mais importantes do que música na vida dele, e por aí foi. A descrição da filhinha dele, Violet, é uma coisa fofa, por sinal. Queria que meu pai tivesse me feito escutar Amy Winehouse desde pequeno. Se bem que, em 1984, era mais fácil ele ter colocado Metallica - ou algum metal farofa, meda. Mas o fato é que a entrevista dele é muito "bonitinha", bem pra família ler, achei meio estranha, só que é meio assim mesmo.

Daí, lendo a Q, revista realmente bacana mas que tem listas do tipo "The Greatest British Albums Ever!" a cada 4 edições - não sei como conseguem inventar tanta coisa! -, ele ainda fala justamente sobre a Rolling Stone, sobre como metade dela tem propaganda e questiona a credibilidade de uma revista de música que só tem 25% do conteúdo sobre música. Na real, a Q fica com umas coisas de querer palavrão, resposta mais "uh!" e afins. Tive o prazer de redescobrir uma delas que comprei nos EUA, em 2005, com uma baita entrevista dele, falando do suícidio do Kurt Cobain e coisas mais "sérias" ou polêmicas. Ainda assim, ele é um cara legal.

Isso sem contar os covers que dá pra achar na net que ele fez, de Led Zeppelin ("Starway to Heaven") a Creed (a engraçadíssima "With Arms Wide Open", que merece isso e pior). Mas tem um vídeo que é muito bom (MUITO!), por dois motivos: é legal em si - como não gostar de "Tiny Dancer", do Elton John? - e mostra que ele gosta de "Almost Famous", um dos meus filmes favoritos. Dave Grohl é um cara legal. Salve o YouTube! (sorry, não postei nada, então deixa a bunda mole de lado e vá atrás)



Sem contar que ele é baterista dos bons, e todo santo álbum em que ele resolve ajudar, a coisa melhora: Queens of the Stone Age e até mesmo o segundo da Juliette and the Licks. Não sabia que era ele? Pois é. Não é a toa que a própria Q o chamou de "the Nicest Man on Rock". Agora você sabe, e admita: ele não é mesmo um cara legal?

sábado, 3 de novembro de 2007

Foto


"Video's a poor excuse, I know. But it helps me remember... and I need to remember... Sometimes there's so much beauty in the world I feel like I can't take it, like my heart's going to cave in. "
-- Ricky Fitts

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Foto tirada na Marginal, numa sexta-feira de muito trânsito. Como sempre, em São Paulo, um lugar onde curiosamente tal beleza é fruto da poluição. Ironias da vida.