terça-feira, 30 de outubro de 2007

Como (quase) me fudi no Tim Festival

Foram idas e vindas à Fnac pra comprar ingressos, e uma conta de telefone esquecida, por conta de desespero do tipo "preciso ir comprar logo que se não acaba, e eu me fodo", quando na real outras pessoas iriam se dar mal. Mas vamos lá, nada começar a peregrinação, tentar ser legal com os outros e ainda levar algumas boas patadas no meio do caminho. Passa o tempo, você faz planos e arruma a casa, pede pra te ajudarem a limpar tudo - até porque não é só por conta de seus convidados - e fica sozinho nessa. Mas a empolgação ainda conta mais alto, vamos lá!

Chega o dia do show, sem poder entrar com a máquina - toca a correr de volta pra levar. Não, Valerie, não estamos em Londres e nem morto eu deixo a minha, dá a sua aqui que eu levo. E toca voltar, ser revistado de novo... e descobrir que a cerveja é cara e tá quente. Beleza, eu nem bebo em show mesmo (o Skank se mostrou eficientíssimo nisso). E daí que acabou até água e Guaraná? A gente continua lá, firme e forte!

Daí vem atraso. Falha no som. E o papo vai, papo vem, surge o tio com o Club Social e a vida continua numa boa. Francesas viram gnomos, sumindo e voltando a todos os instantes, e isso meio que segura o povo, mas até aí... quem nunca ficou pra trás porque parou pra bater papo? A pena é que não dá pra gente encontrar todo mundo que queria. Mas como o mundo tem 600 pessoas, give or take, a gente ainda vai se ver de novo, mesmo que rapidinho.

Então, quem tá bodeado resolve dar o gorpe e ir pro carro. Toca uma ida ao posto médico, e na volta, mijam na sua perna (odeio a palavra, mas é com tanta raiva que eufemismo não cabe). O filho da puta tão bêbado que alguém tem o bom senso de tirá-lo dali antes de levar uma saraivada de socos - não só meus, que fique claro - pra fazer o bicho dormir quietinho, quietinho.

E os pés doendo. As costas também. A salsicha do cachorro quente crua, não tem mostarda.

A verdade é que deu vontade de pedir penico, e fica aquela coisa de "deveria rolar um certo boicote ao ano que vem por essa palhaçada de atraso", mas a gente tá no Brasil, e bons shows não se deixa escapar. Mas os fãs (escrotos de bandas?) parece que não protestam, são sensíveis demais pra isso, e aquelas camisetas listradas e os óculos quadrados devem fazer algo de ruim a eles. Ou então é o piercing na bochecha e o cabelo colado na testa. Show de bola! Me faz pensar em quando xinguei no show do Los Hermanos e olharam feio pra mim. Tenha dó! (e não, isso não foi trocadilho com a banda)

Mas e o resultado de tudo isso? Um sorriso cansado e sincero na cara, graças aos Arctic Monkeys e, especialmente, aos The Killers, como diriam os tugas. Entrar com coisa de 3 horas de atraso e ainda respeitar a platéia, além de mandar um show absurdamente BOM e competente... valeu tudo isso aí atrás. A gente se fode, é verdade, mas o bigode do Brandon Flowers (o Mike Tyson do rock, de Las Vegas) foi mais forte, e saímos todos como que caminhando em nuvens, ainda mais se não era preciso pensar no trabalho no dia seguinte. Que show, meu Deus!!! Ainda havia restado até um pico de energia que apareceu na vontade de socar um emo, pra ver se ele cria vergonha na cara.

Paulão não sabia de nada quando disse que o duro é a água gelada no saco. Domingo a coisa foi brava, era pra se fuder, mas boa música compensa. E como.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Anedota

Hoje li uma frase que me fez pensar em como eu dou risada de basicamente tudo - especialmente de mim mesmo - e como isso é bom. E como faz falta, pra falar a verdade. Muita gente acha gostoso ver um neném rir, mas quando um homem (moi?) se mata de rir, é bem tachado de "infantil" ou algum absurdo do tipo.

(foda-se)

Mas a bendita é do Mário Quintana, grande poeta. Diz que "o grande consolo das velhas anedotas são os recém-nascidos", o que me faz pensar que eu sou um consolo e tanto, então. Prova disso? Passo mal ao ouvir ou mesmo contar essa piada, e não é a do Euclides, pra quem conhece e odeia tanto. Assim, ó:

"Uma vez, quando Manuel voltava pra sua casa, avistou um pingüim em seu jardim. Aí, o Manuel perguntou pro vizinho dele:
- Óh Joaquim, o que faço com este pingüim?
- Óh Manuel, tu deves levá-lo ao zoológico, ora pois!
No dia seguinte Joaquim vê o Manuel passeando com o pingüim puxando-o por uma coleirinha. Aí o Joaquim pergunta:
- Ora Manuel, não levaste o pingüim ao zoológico ainda?
- Mas é claro que sim, Joaquim, e ele adorou! Agora estou a levar o bichinho ao Playcenter."

Salve a boa e velha anedota!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Belos e Malditos

Letícia. Professor Girafales (nosso bom "Mestre Lingüiça"). Leir, Márcio "Coxinha". Iole. John Keating, Louanne Johnson, Glenn Holland e Mark Thackeray. Flávio Wolf de Aguiar. Paulo Freire.

Eu realmente não desejo mal a nenhum de vocês, e nem poderia a alguns. Escolhas sempre foram minhas, sei disso. Mas hoje, diferente de dois anos atrás, malditos sejam vocês, belos e malditos.

domingo, 7 de outubro de 2007

Pra gostar de SP...

Confesso que uma conversa de ontem me deixou pensando nas coisas de que gosto de SP, e é difícil pensar em tantas assim. Quer dizer, claro que a cidade é boa, mas quando eu peso, dá vontade de sair correndo quase que na hora, especialmente se estou dirigindo, preso no trânsito ou algo assim. Daí, resolvi fazer um Top 5 das coisas que gosto. Meio que sem explicação, mas eu adoraria que as pessoas me mostrassem o que tem de tão bom, além do velho "Ah, eu gosto de saber que tem tudo se eu precisar", porque a gente sabe bem que ninguém usa nem metade disso e viveria muito bem sem.
Anyway, de que eu gosto?

1. Avenida Paulista
Meu endereço favorito. Gente de todos os tipos; comida pra tudo quanto é lado (e salve o yakissoba vagabundo!); um parque; a Livraria Cultura e a Fnac; o MASP e o saguão embaixo dele, que vai perder muito do charme; cinemas bons; fácil de chegar, conexões pra cidade praticamente inteira.

2. Teatro
Antes, eu não dizia isso porque nunca ia, mas agora que eu criei vergonha na cara, posso falar. Teatro em SP não tem igual, e é uma pena que esse seja talvez o mais "tem quando quero" menos aproveitado por qualquer bom paulistano.

3. Shows
Aqui não precisa nem de explicação, ainda que os Stones e o Weezer não tenham tocado por aqui. Talvez o motivo que mais me prenda aqui, sem contar as pessoas, é claro.

4. O'Malley's
Pode parecer bobagem, ainda mais com a quantidade de bares que esse lugar tem, mas lá é especial, sem outro que se equipare. Infelizmente, fechado. Até quando? Desde a Montana, em Poços, não me sentia tão orfão de bar. Só falta fecharem o Krystal e o Rei das Batidas. Aí é pra morrer.

5. Ônibus
Por mais que eu ODEIE o trânsito desse lugar, não dá pra negar: os ônibus são bons. A Marta, xinguem o quanto for, deu uma melhorada incrível no serviço, e ele é bom, vai pra tudo quanto é canto. Já conheci gente e fiz amigos dentro do 177P, dormia todo dia indo pra aula, leio bastante, e ainda por cima é um preço razoável, considerando a extensão da coisa. Eu, em especial, sou privilegiado, porque aqui perto de casa tem ônibus a rodo, e eles me levam pros lugares que eu mais gosto de ir. Bilhete Único, então, é só alegria.

Deixei passar o quê?