tag:blogger.com,1999:blog-84441030192370947452024-03-12T20:33:38.455-03:00SquabbleCoisas infundadas. Não leve tão a sério. Ou não.Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.comBlogger113125tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-40745700555252346692009-10-01T22:12:00.005-03:002009-10-01T22:39:48.390-03:00Eissi/Dissi<div style="text-align: justify;">"And it's a rock 'n' roll damnation<br />Ma's own whippin' boy<br />Rock 'n' roll damnation<br />Take your chance while you still got the choice"<br /><br />-- <span style="font-style: italic;">Rock n' Roll Damnation</span>, do grande AC/DC, e hoje eu tive a escolha.<br /><br />* * *<br /><br />Foram 4 horas e pouco em pé na fila, sem almoço, sem canapés ou aquela cervejinha gelada que a tal "taxa de conveniência" deveria dar, cabeça na prova e o tempo pra estudar que só ia ficando menor, mas valeu a pena. Sim, o AC/DC, dia 27 de novembro, e ele não vai ser outro Motörhead.<br /><br />Mas o curioso foi pensar, inspirado por uma cena real que uma amiga presenciou, na possibilidade do seguinte diálogo:<br /><br />(sujeito de meia idade, casado, em casa, se arrumando pra sair no dia que tirou de folga, intencionalmente)<br /><br />- Amor, tô indo lá comprar meu ingresso pro AC/DC. Tem certeza que não quer ir?<br />- Ai, credo! Você tá doido? A gente devia é ir ver show de bossa nova, é mais calmo, isso é que é música. E quanto tá?<br />- Você sabe que bossa nova não é minha praia. Eu sou fã de AC/DC, e nunca tive a chance de vê-los ao vivo. Sonho de moleque, sabe? E a pista tá R$ 300.<br />- Cruzes, que assalto. Empurra-empurra, fila, banheiro sujo... você quer ir mesmo? Não acha que já passou da idade pra isso, meu bem?<br />- Quero, e não acho que passei da idade. Não tem idade pra essas coisas.<br />- Sabe, acho que a gente devia ir àquele show novo da Maria Rita, que tal? Mesinha, tranquilo... Podemos chamar o Roberto e a Rita, eles gostam também. Vai ser no Tom Brasil, lá tem manobrista, lugar pra parar o carro, é tão mais fácil.<br />- Eu sei, mas esse vai ser no Morumbi.<br />- Afe, além de longe, o acesso é ruim e aposto que você vai querer que eu vá te buscar no meio daquele povão, daquela molecada.<br />- Era a minha idéia, se você não se importasse, mas eu penso em algo.<br />-<span style="font-style: italic;"> (rindo) </span>Ainda acho que você não deveria ir.<br />- É... amor?<br />- Sim?<br />- Vá à merda. Quer alguma coisa da rua? Vou passar perto daquela confeitaria de que você gosta.<br /><br />É... não é nem legal imaginar uma coisa assim.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com47tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-29124670282429314802009-08-25T23:48:00.003-03:002009-08-26T00:00:04.140-03:00Cartão Vermelho<div style="text-align: justify;">"To see him obviously framed<br />Couldn't help but make me feel ashamed to live in a land<br />Where justice is a game."<br /><br />-- de 1975, <span style="font-style: italic;">Hurricane </span>tem versos que me fazem pensar se Bob Dylan estaria prevendo o futuro do Brasil.<br /><br />* * *<br /><br />Hoje, vi a minha admiração pelo senador Eduardo Suplicy, do PT/SP, aumentar. Não por ele ser do partido que é e muito menos por ser pai do Supla, mas pelo seu cartão vermelho mostrado a José Sarney (PMDB/AP), o famigerado coronel e Presidente do Senado, contra quem 11 acusações corriam e foram arquivadas semana passada pelo Conselho de Ética de nosso digníssimo Congresso Nacional. O duro foi ver Heráclito Fortes (DEM/PI) interromper, dar início a um bate-boca até desnecessário e levar, intencionalmente, ao fim da conversa. Uma mini-pizza no Senado, mais uma, que parece divertir o povo, que não percebe que no fim das contas apenas da própria desgraça, que tem origem na sua própria burrice.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SpSk0X7jCFI/AAAAAAAAANc/NEY3yyJR45g/s1600-h/6126362.suplicy_300_200.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SpSk0X7jCFI/AAAAAAAAANc/NEY3yyJR45g/s400/6126362.suplicy_300_200.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5374101475043772498" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">“No meu entender, o arquivamento das representações não foram suficientemente esclarecidas. Para voltarmos à normalidade, o melhor caminho é que Sua Excelência renuncie ao cargo no Senado", pediu Suplicy.</span></span><br /></div><br />O mais curioso é ter gente que critica a linguagem usada por Suplicy. Quando nosso presidente faz isso, atinge o povo em cheio, e é assim que tem que ser, sem "Vossa Excelência" pra cá ou "eu tenho o maior apreço e carinho" mais falsos que nota de R$ 3,00 - como diria a Flávia, "nota de três reau".<br /><br />Agora, ano que vem... tem Copa do Mundo, e mais uma vez o povo vai estar mais preocupado com o futebol do que com as eleições. Eu rezo, pelo menos, para que o Twitter consiga fazer alguma coisa, já que até hoje o que se tem não anda fazendo seu trabalho.<br /><br />Herbert Vianna, tá na hora de uma música de 300 picaretas nova, não acha? E em quem vamos estar votando ano que vem?<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-2881559516853112602009-08-17T17:55:00.005-03:002010-09-16T11:24:31.836-03:00Quem sou eu<div align="justify">"It's hard to say what it is I see in you</div><div align="justify">Wonder if I'll always be with you</div><div align="justify">Words can't say, I can't do</div><div align="justify">Enough to prove it's all for you"</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />-- curioso como <em>All For You</em>, de uma banda "normal" como o Sister Hazel, poderia me tirar as palavras da boca.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />* * *<br /><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Hoje fui tentar escrever meu perfil aqui no blog, pra ficar uma coisa mais... sei lá, arrumadinha, ou pelo menos informativa pra quem resolver ler, até inspirado por uns outros blogs que eu costumo ler.<br /><br />Professor por vocação, advogado-wannabe por necessidade. Paulistano e mineiro. Cansado de nadar contra a maré e de reclamar, de tentar mudar alguma coisa de um jeito mais romântico. Uma constante sensação de que o mundo está errado, e começando a aceitar uma conformidade um tanto incômoda. Otimista, especialmente nas pessoas, ainda que desacreditado de uma juventude tão vazia. Movido a música, cinema e literatura, ainda que ultimamente com muita preguiça de pegar em livros só por prazer. Bebedor de primeira, mas com medo dos efeitos fora do corpo. No trabalho, confundem Ctrl + F (ligado há tempos) com paciência. Sentimento de culpa em excesso por coisas que fogem ao controle e não pelas coisas que deveriam realmente gerar isso. Hiperativo, ligado no 220V, mas estático e por vezes (demais) completamente mole. Sonhador estranhamente com os pés no chão. Corinthiano, roxo, sofredor, que não tem mais muita paciência de sentar na frente da TV pra ver um jogo. Amigo, mais sumido do que presente, e mudando isso com quem merce. Sincero, mas ótimo em mentir se preciso for. Uma criança no corpo fora de forma de um quase homem. Um violão em casa; facilidade e gosto para línguas; por falta de tempo, dinheiro e motivação, mais potenciais (será?) que estão se perdendo. Um TOC fortíssimo de organizar as coisas, mas justamente porque a vida está bem bagunçada, bem como Rob Gordon sempre faz com seus discos.<br /><br />Daí, eu cansei de pensar, e resolvi voltar minha atenção à labuta ingrata de uma segunda-feira de escola voltando de férias.<br /></div><div align="justify"> </div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-4850035964484725542009-07-23T01:28:00.001-03:002009-07-23T01:28:01.829-03:00"Beat It" - Mariachi Style<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/faArbI4Fkj4' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/faArbI4Fkj4'/></object></p><p>E podia ter homenagem melhor? Deviam ter colocado esses caras no Staples Center pra cantar na homenagem ao homem, e não Mariah Carey, Usher (WTF?!) e afins.<br /><br />Ainda assim, independente de morte, essa versão é simplesmente fantástica.</p></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-37126796639826152282009-07-22T11:50:00.003-03:002009-07-22T12:16:50.477-03:00É da padaria?<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">"Maybe I'm amazed at the way I really need you<br />Baby I'm a man maybe I'm a lonely man<br />Who's in the middle of something<br />That he doesn't really understand"<br /><br />-- quem diria? Paul McCartney fez de <span style="font-style: italic;">Maybe I'm Amazed</span> uma música melhor do que (muitas) coisas dos Beatles.<br /><br />* * *<br /><br /></div>Minha mãe sempre me disse que telefone não é brinquedo, que é pra dar recado, falar coisa importante e matar saudade, quando for preciso. Meu pai adora um orelhão, mas detesta atender o telefone. Minha avó desliga na cara da gente sem falar tchau, mas ela tem 86 anos. A Ana Luísa pega o telefone e fica tentando morder ou falar umas coisas que a gente não entende, mas acha fofo do mesmo jeito. Eu mesmo acho que telefone é pra dar recado rápido, falar bobagem por um bom tempo (enquanto eu faço uma caminhada pela casa), contar piada, mas nunca pra ter uma conversa realmente séria, seja uma DR ou seja discutir assalto ou propina, coisa que as quadrilhas parecem não aprender nunca.<br /><br />Agora, uma outra pra que telefone serve me foi lembrada esse fim de semana. Vou fazer as transcrição e ela é auto-explicativa (ou é 'autoexplicativa'?):<br /><br />- Alô.<br />- Por favor, é da padaria?<br />- É sim.<br />- Ah, e que horas sai o pãozinho, por favor?<br />- Acabou de sair.<br />- Ah, que bom. E o senhor pode me dizer que horas ele volta?<br /><br />Sim, eu passei um trote no sábado, depois de não sei quantos anos desde os dias da casa da Vovó com meus primos, uma lista telefônica e nada pra fazer! E foi ótimo, porque além da piada ser boa, foi gostoso fazer isso! Trotes são uma piada saudável, eu diria, porque o cara pode ficar enfezado, mas os colegas vão dar risada quando ele contar, e ele mesmo vai acabar rindo, e de certa forma isso pode dar uma aliviada na rotina. Ok, o cara tá trabalhando, e meio que pára pra atender o telefone e tem que aguentar uma dessas, mas não machuca, machuca? Não estou falando de passar trote pra Polícia ou pro SAMU, o que é uma tremenda idiotice, custa aos cofres públicos (leia-se "sai do nosso bolso") e ainda pode atrapalhar quem realmente precisa de ajuda.<br /><br />Mesmo com bina, identificador de chamada e afins, padarias, farmácias, açougues, botecos não deveriam passar pelo menos a semana incólumes, sem levar pelo menos um trote, por mais bobo que seja. Até porque a pessoa xinga, fala palavrão e, sem querer, acaba dando aquela aliviada, talvez só precisasse de uma desculpa pra botar aquilo pra fora. Assim, o trote tem até uma função social de aliviar o estresse. Quem diria, não? Aposto que nenhum Sociológo chato já tentou analisar as implicações de um simples trote, até porque seria uma baita perda de tempo, ok.<br /><br />E a melhor parte de sábado, sem contar passar mal de dar risada, aquelas de doer o estômago, foi a resposta do cara pra minha piadinha. Foi extramente espirituosa, sem descer do cavalo ou apelar, no mesmo tom de voz:<br /><br />- Ah, ele volta quando sua mãe vier.<br /><br />Genial!<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-55207892854261953162009-07-17T10:32:00.004-03:002009-07-17T10:38:14.657-03:00Tirinha"But now I am jaded<br /><div style="text-align: justify;">You're out of luck<br />I'm rolling down the stairs<br />Too drunk to fuck"<br /><br />-- <span style="font-style: italic;">Too Drunk To Fuck</span>, do Dead Kennedys, é uma situação no mínimo embaraçosa.<br /><br />* * *<br /><br />A Jana me pediu, então aqui vai uma coisa engraçadinha pra aliviar. Ou pra deixar mulher puta, mas que é engraçado, é.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SmB-W0MuPyI/AAAAAAAAANU/PpT8qjswpCM/s1600-h/0497.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SmB-W0MuPyI/AAAAAAAAANU/PpT8qjswpCM/s400/0497.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359422487005118242" border="0" /></a><br />Isso me fez lembrar de um e-mail piada chamado "Troféu o Homem do Ano", mas como eu nunca guardo piadas e correntes, eu deletei em algum lugar do passado.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-69862391111628428022009-07-14T15:04:00.004-03:002010-09-19T15:24:56.695-03:00Maria de Lourdes<div style="text-align: justify;">"Billie Jean is not my lover<br />She's just a girl who picks that I am the one<br />But the kid is not my son<br />She says I am the one, but the kid is not my son"<br /><br />-- se tivessem visto o Charles cantando <span style="font-style: italic;">Billie Jean</span> no karaokê, com certeza ele teria repetido o feito na homenagem a Michael Jackson.<br /><br /><div style="text-align: justify;">* * *<br /><br />Semana passada, o mundo parou para ver o funeral/show/homenagem a Michael Jackson, o Rei do Pop (título mais do que merecido para o Elvis do pop). Foram milhões e milhões de pessoas vendo pela TV, pela internet, comprando discos, chorando, fazendo homenagens (algumas que chegavam a beirar o ridículo, convenhamos) e horas e horas e mais horas de cobertura exaustiva e repetitiva pela televisão. Chegou ao ponto de cansar, e rezar pra que enterrassem Michael Jackson de uma vez e o circo acabasse.<br /><br />Daí que semana eu também fui a um velório. O primeiro da minha vida, ao menos a ponto de eu entrar e ver o corpo, caixão aberto. Sempre achei que seria o da minha avó, ou de algum amigo que porventura viesse a sofrer algum acidente, o que graças a Deus nunca aconteceu. Foi mais simples, sem música ou cantoria, porque foi da minha vizinha, uma portuguesa de 72 anos, com quem eu não tinha laço de sangue algum, nem era amigo íntimo, mas que sempre foi muito boa comigo, especialmente depois que ela descobriu o tanto que eu gosto de rabanada, e vinha me desejar a paz de Cristo efusivamente na missa aqui perto de casa. No fundo, eu sentia que ela era mais avó pra mim em São Paulo do que a minha avó que efetivamente mora aqui, ainda que por culpa minha.<br /><br />A experiência como um todo foi marcante, e por mais que a vida não seja um blog, eu fiquei com vontade de escrever, colocar pra fora. Porque é uma coisa que mexe com a gente, como qualquer um que já tenha ido a um velório deve saber, por ser uma solenidade tão triste. Triste por ver que uma pessoa boa se foi, por ver que um marido viu, tarde demais, que os problemas eram sérios e desabou, triste por ver um peito imóvel e um corpo que outrora fora magrinho e delicado tão inchado, até mesmo deformado. Triste por saber que a partir dali os caminhos de pessoas que se uniram através dela talvez não se cruzem mais, justamente no momento em que deveriam seguir juntos, para dar força uns aos outros. As flores, ainda que nem tão bonitas, ganham mais vida, como que se esforçando para fazer daquele último adeus o mais ameno e belo possível.<br /><br />O próprio cemitério, Parque dos Pinheiros (loooooonge que só ele), é bonito, com aquelas placas no gramado onde as covas estão. Indo até onde seria enterrada, a sensação é estranha, parece até uma falta de respeito. Sempre falamos dos olhos que a terra há de comer, mas andar sobre os mortos é demais. Não sei o que é pior: ver lápides monumentais que fomentam uma saudade que nunca passa ou aquele gramado com plaquinhas que se tornam tudo o que resta de três pessoas sob cada uma delas. Quando a gente vai ao Morumbi ver o túmulo do Ayrton Senna, é diferente, porque é menos "real" do que uma senhora que morava no 52 e que não deixa filhos. É vida real, não tem nada de especial ou fantástico.<br /><br />Olhando para ela por uma última vez, pensei que aquele seria o momento quando, num filme ou num seriado com uma veia cômica, ela abriria os olhos e falaria comigo. Pensei na piada do bêbado que dizia que o que ele queria ouvir no próprio velório era "Olha, ele tá vivo!". Pensei em Brás Cubas, o defunto autor. Mas ali não teve nada disso. Teve, sim, gente chorando, gente conversando sobre amenidades, um português de 1,50m (ou algo assim) desolado, perdido, saudoso.<br /><br />Eu mesmo não sei explicar o porquê de ter sido tão impactado por esse velório e ter chorado mais do que alguns parentes, mas fui. E ainda bem, porque não sei como seria ir de cara para um velório como os que eu imaginava, mesmo estando tão preparado para ele quanto estavam meus pais quando da morte do tio Jorge, um alívio diante de tanto sofrimento. O duro é que uma hora ou outra eu vou ter que saber, e espero poder protelar esse momento por mais 25 anos, que foi o quanto eu consegui ir ao meu primeiro velório.<br /></div></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-20259179631713606412009-07-11T14:55:00.004-03:002009-07-11T23:44:51.236-03:0032 Dentes<div style="text-align: justify;">"Não confio em ninguém<br />Não confio em ninguém<br />Não confio em ninguém com mais de 30<br />Não confio em ninguém com 32 Dentes"<br /><br />-- os Titãs não confiam em muita, mas muuuuuuuuuuita gente. Isso é o que diz <span style="font-style: italic;">32 Dentes</span>.<br /><br />* * *<br /><br />Qualquer adulto normal deveria ter na boca 32 dentes, a menos que tenha tido uns acidentes no caminho, tenha precisado tirar por qualquer tipo de intervenção estética ou por falta de cuidado mesmo. Só que o tal cuidado é bastante simples, começando pela escovação, que é coisa básica e deveria ser dever do Estado (tipo é com camisinha). Dentes ao menos no lugar são um bom começo pra qualquer tipo de autoestima.<br /><br />Então, vamos a uma lição básica:<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SljV5L92guI/AAAAAAAAANM/nvOwDYKlR0U/s1600-h/dicas_escovar.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 270px; height: 385px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SljV5L92guI/AAAAAAAAANM/nvOwDYKlR0U/s400/dicas_escovar.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357266935198679778" border="0" /></a>A gente que tem escova e pasta em casa tem a OBRIGAÇÃO de seguir isso, e manter a boquinha minimamente arrumada. O Sloth foi popular nos <span style="font-style: italic;">Goonies</span> e nos anos 80, e SÓ. Se for caso mais sério, vá lá, mas ninguém deveria deixar de escovar os dentes e acabar com a raiz de 5 na boca (dois e meio e uns quebrados, como diria a Flávia) por falta de fazer isso.<br /><br />Agora, eu vou tomar banho, porque a ida ao centro (do Recife) foi foda pelo calor, pela sujeira e pela visão linda, comum a tantas outras regiões centrais, que me causou esse "nojo" que eu juro não ser preconceito. É só agressão estética parcialmente evitável. A minha escova já tá na pia, e eu vou tratar de seguir recomendação de mamãe, no banho mesmo. Assim eu me garanto.<br /><br />(prontofalei)<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-9454682800349300892009-07-02T20:27:00.005-03:002009-07-02T21:27:16.688-03:00"The Woman Who Shut Up Simon Cowell"<div style="text-align: justify;">"Até quando esperar a plebe ajoelhar<br />Esperando a ajuda de Deus<br />Até quando esperar a plebe ajoelhar<br />Esperando a ajuda de Deus"<br /><br />-- apesar de nunca saber que essa música da Plebe Rude se chama <span style="font-style: italic;">Até Quando Esperar?</span>, dei graças a Deus por ela me dar um tempo do forró.<br /><br />* * *<br /><br />Às vezes, eu gosto de me sentir parte do grupo e acabo indo ver um vídeo X de que todo mundo está falando. Eu não vi até hoje o tal "Ronaldo" que virou piada; demorei um século pra ver o vídeo do "Tapa na Pantera", e achei até sem graça. Mas meu pai me falou tanto da Susa Boyle que eu tive que ver, e confesso que à primeira vista fiquei até mesmo eu impressionado, porque eu também olhei pra ela e imaginei que vinha por aí mais uma forte candidata às pérolas do SBT que aparecem em compilações de YouTube, mais bizarras do que engraças em si.<br /><br />Só que a tal de Susan Boyle me surpreendeu e, independente de uma papagaiada que eu li sobre ela ser uma representação do American Dream (tá na Wikipedia), eu torci por ela, talentosa e humilde, caçoada pela aparência, que não se deixou abater e soltou o gogó. <span style="font-style: italic;">You to go, Susan!</span> Perdeu, sim, que pena, mas tá com a vida feita, convenhamos - e pode fazer uma plástica e dar um up na aparência, porque... tadinha. Tem uma voz dos anjos, mas é feia como o capeta.<br /><br />O grande problema é que Susan Boyle encheu o saco. Como muita coisa que é<span style="font-style: italic;"> overcovered </span>pela mídia, porque começaram a destrinchar a vida da mulher, de infância a cor de calcinha (afe, medo só de imaginar essa, porque deve ser um treco grande e bege), a falar de tudo que ela fez, faz e deixou de fazer.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/Sk1PxEhKnkI/AAAAAAAAANE/fAhm8H2qU1c/s1600-h/susan_boyle.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 264px; height: 212px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/Sk1PxEhKnkI/AAAAAAAAANE/fAhm8H2qU1c/s400/susan_boyle.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354023236458421826" border="0" /></a> Claro que os 15 minutos de fama dela começaram a passar, mas hoje eu tive uma constatação que me deixou com medo, aqui em Natal/RN mesmo: eu vejo Susan Boyle. Em todo o lugar!<br /><br />É na rodoviária, no restaurante, no forró, no Largo da Batata, no Aeroporto de Recife, na Barra Funda, no Renascença... em todo lugar tem alguém que me faz pensar nela, ou que é parecido com ela. Daqui a pouco, vou encontrar alguém no Mackenzie ou O'Malley's, mas peloamordeDeus, chega! Eu vejo a pessoa e me vem ela cantando <span style="font-style: italic;">I Dreamed A Dream</span>, com a cara do Simon Cowell, tudo junto, como se minha cabeça tivesse um plugin do YouTube já instalado. E ela é FEIA! Hoje mesmo ela passou do meu lado num buggy, e sabe lá Deus onde vou vê-la amanhã, ou depois.<br /><br />Aliás, eu sei. Amanhã, vou vê-la em Pipa, e depois em Porto de Galinhas e, em seguida, Recife. É ótimo, mas depois do dia 13, volto a ver Susan Boyle pelas ruas de São Paulo.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-89212298896864347072009-06-26T15:35:00.004-03:002009-06-26T15:42:34.468-03:00Today's Fortune<div style="text-align: justify;">"We don't need no education<br />We don't need no thought control<br />No dark sarcasm in the classroom<br />Teacher leave them kids alone<br />Hey! Teacher! Leave them kids alone!"<br /><br />-- com o maior prazer do mundo hoje eu atendo ao que o Pink Floyd e as criancinhas inglesas medonhas do clipe pedem em <span style="font-style: italic;">Another Brick in the Wall (pt.2)</span>.<br /><br />* * *<br /><br />Hoje o orkut me disse pra "Get happiness out of your work or you may never know what happiness is". Isso é meio que a minha "sorte" de hoje, sei lá como isso fica em português.<br /><br />E hoje eu sou obrigado a dar o braço a torcer, ele acertou na mosca, apesar da filhadaputice (existe isso?) sem tamanho que eu vi acontecer com uma das pessoas mais dedicadas daquela merda - ainda vai ter troco. Mas eu troco uma palavra, 'get', por 'find'. Não quero saber de tirar satisfação do meu trabalho, mas sim encontrar a felicidade fora dele. Bem longe, no NE. Em casa, em Poços e na chance de acordar três dias por semana e pensar que eu não vou ter que ir pro Rena. Ou seja: acordar sorrindo.<br /><br />Que venham as férias escolares, as últimas que eu pretendo ter profissionalmente. Até o fim de julho, moré!<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-41184489745736837512009-06-04T00:13:00.009-03:002009-06-04T01:21:45.167-03:00Segredinhos<div style="text-align: justify;">"<span><span class="txt_1">And I said, Let me tell you a secret, about a father's love</span></span><br /><span><span class="txt_1"> A secret that my daddy said was just between us</span></span><br /><span><span class="txt_1"> I said daddies don't just love their children every now and then</span></span><br /><span><span class="txt_1"> It's a love without end, amen, it's a love without end, amen"</span></span><br /><br /><span><span class="txt_1">-- hoje cedo <span style="font-style: italic;">Love Without End, Amen</span> do George Strait tocou aqui em casa, mas ninguém ouviu. Acho que só eu.</span></span><br /><br /><span><span class="txt_1">* * *</span></span><br /><br /><span><span class="txt_1">Ele não é muito bem humorado; na verdade, tem variações de humor de deixar perplexo. Não tem muita paciência com algumas coisas, mas tem toda a do mundo com outras para que eu não tenho. Fuma e tosse, mas se recusa a admitir a conexão entre um e outro, igual aos roncos que não o são. Dorme demais, talvez por querer fugir. Esquece de colocar dedicatória nos livros que me dá. Não tem muitos amigos, nem gosta muito de sair de casa, nem de viajar. Gosta de ver filme dublado, e fala que algumas comédias são "bonitas", o que me deixa intrigado quanto ao que isso quer realmente dizer. Lê livros espíritas, policiais, mas se recusa a encarar uma das minhas indicações. Dá exemplos que não têm nada a ver com a discussão, e às vezes simplesmente não ouve o que eu falo, quando não me contradiz dizendo exatamente a mesma coisa que eu. Tem mania de teimar em assuntos óbvios, acho que pra manter a conversa, ou vem conversar demais quando eu ainda estou entorpecido de sono de manhã.<br /><br />Por outro lado, ele tem um coração de ouro. Nunca se recusa a ajudar a alguém, seja quem for, e acho que os colegas de serviço dele já perceberam isso faz tempo - afinal, quem mais ganha um ovo de chocolate de 2 kg da Kopenhagen de Páscoa? Prova de tudo que eu cozinho e diz que está gostoso, até o macarrão quando eu queimei o alho e o frango na cerveja, horrível. Me espera deitado no sofá da sala pra tomarmos sopa, ou às vezes vai deitar, mas deixa suco ou cachorro quente pra mim, bem no dia que eu estou com desejo de comer. Segura as pontas com as contas de casa, e não reclama disso. Dá uma risada gostosa que, embora rara, vale cada segundo quando eu a ouço. Ficou dormindo na sala, num frio do cão, só pra me fazer companhia quando eu precisei varar a madrugada fazendo um trabalho que valeu uma camisa preta bonita pra mim e uma noite mal dormida pra ele. Não leva pro sebo um livro de que nem gostou tanto só porque tem uma dedicatória minha. Deixa a luz do corredor acesa pra me ajudar a acordar, ou liga quando eu peço. Corre pra Poços quando minha mãe precisa de uma força, e aguenta os desaforos da minha avó quieto, nem por isso deixando de fazer o que é preciso. Se arrisca na cozinha e me faz uma omelete meio estranha, mas que me salva às vezes e caiu nas graças do Salsicha. Abraça meus amigos e minha namorada, como poucos fariam no lugar dele. Vai me buscar na Marginal sempre que eu peço, mas nunca pede que eu faça o mesmo em troca. Exagera e compra alguma coisa por demais tentando agradar, e a gente tem que pedir pra parar, seja abacaxi toda semana, ou a Lance quando eu morava em MG. Me disse que um dia todos os seus livros vão ser meus, sem saber que melhor que eles foi o gosto por eles que herdei dele. Compra manga e deixa picada pro café da manhã pra "visita", sendo que eu detesto manga. Apesar de não concordar muito, aceita quando eu apareço em casa com uns gringos perdidos que nem português falam, e ainda faz canja de galinha pra eles. Tem sido pra Ana Luísa o pai que o verdadeiro se recusou a ser.<br /><br />Ouviu em alto e bom tom um "Quer saber, vai tomar no seu cu!" de mim, com raiva, e ainda assim me ama.<br /><br />E eu, que sou tão "melhor", mais forte, mais preparado, sou um covarde, porque dou uma flor pro meu pai na colação de grau, mas não consigo chegar pra ele e dizer o quanto eu o amo.<br /></span></span></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-14200776183822490182009-05-19T09:17:00.005-03:002009-05-20T23:12:58.587-03:00Pequenos Prazeres<div style="text-align: justify;">"You know I can't have another<br />Turn it on<br />I can't stop thinking of you<br />Turn it on<br />If I can't have you then nobody can<br />Yeah Yeah Yeah<br />Yeah Yeah Yeah"<br /><br />-- no fundo, <span style="font-style: italic;">Turn It On</span> é o Franz Ferdinand romântico. Juro!<br /><br />* * *<br /><br />Tomar banho, se secar e se jogar na cama, bagunçada ou arrumada, entrando embaixo dos lençóis ou cobertores, e ficar lá, curtindo. Parece que tá tudo mais macio, e você meio que desliza, não tem atrito.<br /><br />Chegar em casa e ver que tem carta, correr pra sacada e sentar pra ler, rindo com o que tá escrito, ficando feliz pela outra pessoa, chorando mesmo que seja de saudade, tendo aquele ímpeto de escrever de volta, que pode demorar mais do que se imagina pra voltar.<br /><br />Comprar um disco novo de uma banda de que você gosta muito, em loja mesmo, especialmente na Galeria. Chegar em casa e, como uma criança, colocar pra tocar como se fosse um brinquedo novo, e ficar lá ouvindo, uma música por uma, com o encarte na mão, vendo as fotos ou acompanhando as letras, e se surpreendendo.<br /><br />Matar aula com alguém de vez em quando, sentado na porta da faculdade, sem cerveja, sem cigarro, sem comida. Só sentar pra conversar, bater um bom papo, dar risada, e olhar pro prédio pensando que era pra você estar lá dentro, enfurnado numa sala. Melhor ainda se for uma aula mais complicada, porque você sente ainda mais o gostinho de relaxar um pouco da seriedade da vida.<br /><br />Fazer bolo à moda antiga, com receita daquele livro que é da sua mãe e que ela copiou da sua avó, só pra poder comer o que sobrou da massa, já com o Pó Royal, raspando a tigela com a colher e com os dedos. Depois, vem aquele cheiro gostoso de bolo quente no forno, e o comer em si parece ser a parte mais sem graça.<br /><br />Deixar bilhetes à post-it em cima da mesa pra alguém, dando bom dia, agradecendo por um prato de comida que foi deixado em cima da mesa à noite, desejando boa sorte em algo específico ou simplesmente mostrando como você é grato por aquela pessoa simplesmente existir e fazer parte da sua vida. Tudo acompanhado de um devido smiley, por mais simples que seja.<br /><br />Fazer chá ou chocolate quente e sentar, enrolado no coberto, pra beber com uma vista à frente, e só ficar lá, sem fazer nada, admirando a paisagem e pensando na vida, que é bem menos complicada do que a gente faz ser.<br /><br />Comprar um livro na Livraria Cultura mais pro fim da tarde, qualquer um que seja, andar até o MASP e sentar no vão pra ler, até ficar tão escuro que você não consegue mais. Sem celular, sem relógio.<br /><br />Pegar papel e brincar de fazer origami (e quem sabe finalmente acertar aquele que você nunca conseguiu na aula de artes) ou escrever coisas a esmo, sem muito sentido ou obrigação, ou mesmo destinatário. Escrever pra si mesmo, e depois reler.<br /><br />Correr atrás de uma criança, jogá-la no ar, fazer pum de barriga, se jogar no chão. E tudo só pra conseguir uma risada, que é a mais gostosa do mundo.<br /><br />Pena que a gente se priva de tanta coisa, e sempre parece ter uma desculpa muito plausível pra isso.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-254135610128338872009-04-10T21:12:00.009-03:002009-04-10T23:17:23.821-03:00Ele não está...<div align="justify">A Fabi (minha namorada, e o Greg usa o adorável termo "patroa" - que exemplo!), que está lendo o livro <em>Ele Simplesmente Não Está A Fim de Você</em> pra mim neste exato momento (e só chegamos ao fim do terceiro capítulo), me disse que toda mulher com mais de 18 anos deveria ler esse livro. Então, faço um post bem rápido, até porque estou no meio de uma leitura, meio que um recado, ou aviso, ou conselho ou sei lá o quê. Atenção!</div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Mulheres, vocês têm o direito de irem atrás de homens quando quiserem, e devem exercê-lo. Nada de ficar sentada esperando o cara te ligar. Lembrem-se: por vezes, vocês são iguaizinhas a nós, fazem as mesmas cagadas, brincam com a gente o mesmo tempo e nós temos, sim, o direito de sairmos magoados, feridos e chateados dessas. Não somos de ferro, não. Mas muito cara finge que é. Por favor, tenham em mente que nem todos os homens são iguais, ou seja, babacas. <span style="color:#ff6600;">Além disso, a culpa é compartilhada, porque tem muita gente grande o suficiente pra saber em que tipo de situação está se metendo, sem o menor pingo de ingenuidade.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Homens, deixem de ser babacas que ficam enganando mulheres e aceitem, de uma vez por todas, que elas podem e devem vir atrás de nós quando quiserem. Se isso acontecer, sinta-se lisonjeado, em vez de pensar que ela é fácil ou alguma merda do tipo. <span style="color:#ff6600;">Me disseram que fui pedido em namoro e, se for sério, me sinto um cara de muita sorte por isso.</span> Depois, você sai e escreve uma porcaria de livro que (tem lá suas partes com que eu concordo, mas que) só vai botar ainda mais lenha na fogueira da guerra dos sexos, e complicar ainda mais a vida de quem se esforça pra ser minimamente não-homem, levando em conta a pior acepção do termo. Tratem melhor as mulheres, aquelas (muitas) que merecem, e todo mundo sai ganhando.</div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Não pensei muito pra escrever aqui <span style="color:#ff6600;">(mas tive um tempo pra pensar no banho e depois, levando um coro nas damas, e por isso a cor)</span>, é uma reação meio imediata e quero ouvir mais do livro. Greg, você é um babaca <span style="color:#ff6600;">porque dá um recado até que bom, mas usa e abusa da posição de vítima em que muita mulher se coloca - conscientemente.</span></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-13528084863985556332009-03-31T00:31:00.006-03:002009-06-01T10:20:54.179-03:00Do furto<div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);">"So sad<br />Everything's gone bad<br />In the dreams I've had<br />They all laugh at what I have"<br /><br />-- <span style="font-style: italic;">Used to Be Lucky</span>, do Wallflowers, foi a primeira coisa que veio no iTunes. Ironia, não?<br /><br />* * *<br /><br />Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, entre 2001 e 2003, tivemos por ano aproximadamente 19.961 furtos de veículos só na capital. Explicando o tipo penal do Furto:<br /><br /></div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><a name="a155"><strong>Art. 155</strong></a> - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: </p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><strong>Pena</strong> - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><br /></p><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);">No caso de furto a casa ou veículo (não do próprio), temos Furto Qualificado, no mesmo artigo do Código Penal:<br /></p><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><br /></p><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><a name="a155_4"><strong>§ 4º</strong> - A pena é</a> de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:</p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><strong>I</strong> - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;</p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><strong>II</strong> - com Abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;</p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><strong>III</strong> - com emprego de chave falsa;</p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><strong>IV</strong> - mediante concurso de duas ou mais pessoas.</p><div style="text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"> </div><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify; color: rgb(102, 102, 102);"><br /></p><p style="margin-top: 0px; margin-bottom: 0px; text-align: justify;"><span style="color: rgb(102, 102, 102);">É o caso, por exemplo, do rádio do meu carro, que foi levado hoje. Ou dos meus dois iPods, da minha máquina, da minha blusa ano passado, dos meus óculos escuros. A única vontade que eu sinto, além da fustração de ter entrado para as estatísticas, é vontade de vender o carro, e frustração por ter mais gastos com ele, que vão deixar a minha já não tão simples vida ainda mais emocionante.</span><br /></p>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-47698663961747683412009-03-24T10:55:00.001-03:002009-03-24T10:55:08.221-03:00Fake Plastic Trees<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/0EMadbzjHTE' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/0EMadbzjHTE'/></object></p><p>Mais de 2 horas de show, 5 horas em pé, sem cerveja, doente, quase chuva, muita gente, pés doendo, sono começando a bater, dor de cabeça, sem saber como seria para ir embora, prova no dia seguinte, trabalho por fazer, noite mal dormida.<br /><br />Tenta não se emocionar, tenta. Não dá.</p></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-21015387142480447732009-03-19T10:23:00.007-03:002009-03-20T01:03:44.105-03:00Relativamente Falando<div style="text-align: justify;">"Just need to get closer, closer<br />Lean on me now<br />Lean on me now<br />Closer, closer"<br /><br />-- a letra é simples e acerta em cheio. <span style="font-style: italic;">Closer</span>, do Travis.<br /><br />* * *<br /><br />Gozada a minha escolha de epígrafe, até porque... bom, do começo. Eu sou professor de inglês, mas não gostos exatamente disso. Quer dizer, gosto, mas tem lá suas coisas chatas, e uma delas é justamente ensinar comparativos e superlativos. E <span style="font-style: italic;">closer</span> ('mais perto', <span style="font-style: italic;">just for the records</span>) é um caso daquele, um porre pra ensinar, por ser relativamente simples e ainda assim ter gente que consegue fazer confusão. Paciência, né teacher? É, e ainda ontem eu vi isso acontecer.<br /><br />Mas, ao mesmo tempo, é mega importante ensinar isso, e seria até bom se desse pra tanto professor quanto alunos pararem no meio da aula e pensarem sobre especialmente as comparações. Entre o Nilo e o Amazonas, entre Nick e Bob, entre o Brasil e os EUA? Não, entre a gente mesmo, e as que fazemos dos outros, mas não pela altura, pela idade ou qualquer outro atributo físico, ou mesmo emocional. É uma comparação de impacto subjetivo, digamos. Impacto que elas têm na nossa cabeça, no nosso coração, nas nossas atitudes - especialmente nessas, porque nem sempre a gente consegue parar pra ver isso, a menos que seja tarde demais.<br /><br />E não adianta: TODO MUNDO COMPARA. Fato. Por mais que você tente não o fazer, sempre vai sentir aquela coisa de que faltou alguma coisa, ou podia ser melhor, ou foi melhor do que alguma outra vez ou ocasião, porque você tem a base, e só pode ser melhor/pior ou simplesmente diferente porque é relativo. Tudo é relativo, "depende do referencial adotado", diria o Chico, meu (brilhante) professor de física do colegial, até porque somos um saco de carne e ossos pensante, racional, fruto de nossas experiências, e negar isso é querer negar tudo que se vive, de bom ou de ruim. E não é de todo ruim, porque algumas coisas são melhores do que as outras, pessoas que acabam por nos agradar mais do que outras, atitudes com as quais nos identificamos menos do que outras... sempre o "mais/menos que".<br /><br />Eu mesmo ando me pegando nisso, porque frequentemente acho que já fui menos reclamão, menos propenso a ficar irritado, menos crítico (não do que os outros fazem, mas do mundo mesmo), mais de bem com a vida, mais desencanado, menos estressado. Acho que até mais esperançoso.<br /><br />Mas o complicado é, voltando, pessoas. A gente comparando e sendo comparado, porque muitas vezes é uma coisa desigual, e certos filtros vão sendo colocados que distorcem ou norteiam essas comparações. E o mais complicado é saber que somos todos diferentes, a tal ponto que às vezes é como querer jogar <a href="http://www.grow.com.br/Default.asp?area=11&cod_categoria=36"><span>Super Trunfo</span></a> com cartas misturadas de diferentes temas, tipo um de "Caminhões Envenenados" (meu primeiro baralho desses, de partidas que nunca acabavam com o Otávio, meu primo, no alpendre da casa da minha avó) e o outro de "Super Motos", nada a ver. Só que o fato de ambos terem um motor e um dos itens de ambas as cartas ser Km/h faz com que, automaticamente, coloquemos as cartas lado a lado pra ver qual é melhor. Não dá, mas a gente insiste, por mais que racionalmente saibamos que o certo é separar os baralhos - sorry, impossível. Tem cartas que ficam perdidas e nunca voltam ao deck original.<br /><br />Um exemplo prático de como essa coisa toda atrapalha a gente mais do que deveria? Música. Tem muita banda boa hoje, mas a gente insiste em rotular e dizer "Ah, parece com Fulano". Eu mesmo fui ouvir The Last Shadow Puppets, porque o <a href="http://www.lastfm.com.br/music/The+Last+Shadow+Puppets">Last.fm </a>me disse que era similar a Franz Ferdinand e The Kooks, por exemplo. Gostei? Nada, uma merda, mas porque eu tava esperando uma coisa e ouvi outra. Será que se eu não tivesse comparado, mesmo que previamente, eu teria gostado? Pode até ser, mas dá pra fazer? Complicado, complicado mesmo, e talvez o coitado do Alex Turner (vocalista do Arctic Monkeys também, por sinal) tenha se queimado sem culpa, porque eu não dei uma chance justa a ele. Ou não, porque é chato pra burro mesmo.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-63420214892164897792009-03-16T18:55:00.005-03:002009-03-16T19:02:03.297-03:00CertezasNão quero alguém que morra de amor por mim...<br /><br />Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.<br /><br />Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.<br />Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...<br /><br />Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...<br />E que esse momento será inesquecível...<br /><br />Só quero que meu sentimento seja valorizado.<br />Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...<br />E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.<br /><br />Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.<br /><br />Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...<br /><br />Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.<br /><br /><span style="font-style: italic;">E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.</span><br /><br />Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...<br /><br />Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.<br />Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.<br /><br />Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...<br />Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.<br /><br />Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.<br /><br />Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...<br />Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Mário Quintana</span><br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-41549061066236281942009-02-17T13:15:00.002-03:002009-02-17T21:26:15.443-03:00Mesmo Que Mude<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><p><object width="425" height="350"><param value="http://youtube.com/v/redOxhfenp8" name="movie"><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://youtube.com/v/redOxhfenp8" width="425" height="350"></embed></object></p><p style="text-align: justify;">A música já me bateu algumas vezes, socos mesmo. E hoje, na volta de um aluno, mais uma vez. Por ser em português, não vale a pena postar a letra, mas sim ouvir a música.</p><p style="text-align: justify;">Eu tenho medo, mas muito medo dela.<br /></p></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-63973635061435318772009-01-25T23:21:00.001-03:002009-01-26T20:52:26.003-03:00Cx. mensagens<div style="text-align: justify;">"Shake it, Shake it<br />Take it to the spot<br />You know she make it really hot<br />Get it on, get it up<br />Come on give it all you got"<br /><br />-- o AC/DC quase não mudou em <span style="font-style: italic;">Rock N Roll Train</span>. Graças a Deus.<br /><br />* * *<br /><br />Tudo em <span style="font-style: italic;">(sic)</span>.<br /><br />"Paulinho querido! Um beijo enorme de Feliz Aniversário directamente de Lisboa, da mesa da minha cozinha! :) Obrigada pelo convite! Adorava estar a festejar contigo. Espero que o teu dia esteja a ser demais! Gosto muito de ti! Parabéeeeens!!!!"<br />* 22:37:56<br /><br />"Aqui ja e' 25 e vc deve estar na sua festa, entao feliz aniversario! Depois a gente conversa direito! Beijao! Saudades!"<br />* 01:07:50<br /><br />"Feliz aniversario,amiguinho! Desculpa, fui arrastada p praia, mas tomei 1 devassa por vc kk! Td d bao pra ti! Bjao"<br />* 00:10:28<br /><br />"Ola querido,meus parabéns! mta paz,saude,sucesso,que este ano seja d plenas realizacoespra voce!te ligo logo mais!bjao!"<br />* 11:39:40<br /><br />"Parabens pelo nat. Tentamos falar mas nao conseguimos. Qdo.puder nos ligue. Bjs."<br />* 12:13:25<br /><br />"Feliz aniversario! Tudo de bom pra vc, hj e sempre! Vc merece! Beijao direto de orlando!"<br />* 10:37:50<br /><br />"Teacher! Parabens!!!! E feliz ano novo!!! Bj"<br />* 17:19:56<br /><br />"Paulooo, prabéns! Td de bom pra vc sempre! Se amanhã vc aparecer na Winner te dou seu abraço! Se não, era era! Hehehe... Bjos"<br />* 17:39:12<br /><br />"Oi querido! Realmente estou viajando. :). Olha, te desejo o melhor, de verdade. Seja feliz. Aproveite seu dia, seu ano, sua vida! Beijao."<br />* 17:53:49<br /><br />"Heeeeeeey HAPPYYYYYYY BIRTHDAY.... Te desejo tudo de melhor... Vamos marcar outro bar de comemoraÇao aniversarialll LOGO miss u"<br />* 18:29:04<br /><br />"Paulinhoooo! PARABENS!! Tudo de bom..muita paz, saude e muito sucesso!! Saudaede..como vc ta? Um bjo e enjoy your day!!"<br />* 19:56:48<br /><br />"Pensou q eu esqueci seu niver?! Enganou-se... HAPPY BIRTHDAY and I wish u have 100s of chill bottles of beer! Bear hug!"<br />* 20:22:35<br /><br />"Paulo, desejo te um ano cheio de vida, amor e saude. Feliz aniversario! Espero q nao esteja bravo comigo. Te adoro apesar de ñ parecer rs. Bj"<br />* 21:00:34<br /><br />"Parabéns, Pa! Tudo de magico pra vc! Beijo."<br />* 21:52:13<br /><br />"Paulinhooo! Pauleti! Parabéns! Tudo de bao pra vc nesse ano! Espero q a festa tenha sido legal. To em pira, volto amanha. Vamo toma todas qquer dia. Bjao"<br />* 22:01:54<br /><br />"Parabéns! Tudo d bom moÇo! Queria ter ido ontem, mas nao consegui... Comemore mto! Beijao"<br />* 23:02:47<br /><br />Por essas, por quem lembrou, por quem se deu ao trabalho de me vir até aqui me abraçar, pelos e-mails, pelos telefonemas - de longe, de perto, que atendi, que não atendi - e especialmente por uma fofa que eu chamo de NAMORADA com gosto, que me ajudou mais do que eu podia querer, foi um dia especial.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-65163800431727639142009-01-20T21:24:00.007-03:002009-01-21T07:09:06.757-03:00Kanst Du Portugiesisch schprechen?<div style="text-align: justify;">"E como será?<br />O vento vai dizer<br />lento o que virá"<br /><br />-- ouvir <span style="font-style: italic;">O Vento</span>, do Los Hermanos, me traz sensações contraditórias, por pessoas contraditórias.<br /><br />* * *<br /><br />Eu falo inglês decentemente desde uns 10 anos de idade, e hoje é pra mim segunda língua. Meu espanhol é o suficiente para ir pra Barcelona e pra Buenos Aires e me virar sem ter que apelar. O que eu aprendi de francês com a Laura, especialmente, me garantiu na Bélgica, em Paris e no pub uma vez, além me ajudar a escapar de uma multa de €73 por conta de um erro no metrô, em Bruxelas. Mas isso não é pra mostrar como eu sou viajado ou como eu sei falar outras coisas, até porque eu tenho é vergonha de não ter ido mais além no espanhol ou no francês. É pra falar do bom e velho português.<br /><br />Sim, minha língua-mãe, aquela que eu adquiri e não aprendi, que é o terror de tantos alunos e me fez sorrir ao chegar a Portugal só pelo fato de existir. A língua de Machado de Assis, de Guimarães Rosa e de Carlos Drummond de Andrade, de Camões, Fernando Pessoa e José Saramago, entre outros tantos. A língua que eu faço questão de enumerar como primeira sempre que me perguntam quais eu falo, como deve ser. Aquela que, com esse novo acordo, vai dar um nó na cabeça de muita gente, sendo que mesmo como "era" já era complicada o bastante, com tantas regras, num país onde se tem tantos analfabetos funcionais que mal sabem ler textos básicos. A língua do colonizador, a minha, a sua, a nossa.<br /><br />Muitas vezes eu me pego pensando em postar, por exemplo, em inglês, ou mesmo em francês, como já fiz antes e como é um rascunho que nunca vai ser publicado. Mas a real é que eu gosto mesmo é de escrever em português, porque eu ME levo a sério. Percebi isso alguns anos atrás, e foi quando percebi que não poderia dar aulas de inglês pro resto da vida, porque não é sério, não é real, não é a expressão real do que eu tenho dentro de mim e quero colocar pra fora. Eu sinto que, quando falo em inglês, estou dando aula, são exemplos ou papo pra aluno, coisas do tipo, a menos que seja o caso de expressões que não tenham uma tradução decente o bastante, e então... eu não me levo tanto a sério, o que tem me forçado cada vez mais a me forçar a usar português, com ou sem erros, formal ou informal, oral ou escrito. Não quero dizer que usar inglês é péssimo, mas o problema está justamente em <span style="font-style: italic;">quando</span> usar o inglês, ou com quem.<br /><br />Não sei bem o porquê de estar escrevendo isso aqui, mas acho que é um tipo de aviso. Não sei. Não sei nem mesmo se o francês e o espanhol sofrem desse "mal", talvez não dado o nível deles pra mim, mas o inglês acaba sofrendo, coitado. E a verdade é que eu me sinto mal toda vez que tento falar alguma coisa, tento me expôr, e acabo recorrendo a ele, por ser mais fácil, por as palavras não terem o mesmo peso e, assim, eu proteger alguma coisa, que eu nem mesmo sei o que é.<br /><br />* * *<br /><br />Agradecimentos ao Fiu pela ajuda com o título. Que, por favor, é uma certa ironia.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-87316013895706819902009-01-09T18:58:00.003-03:002009-01-10T14:29:53.327-03:00Top 5?"These days with you have come to pass<br />We've seen some dreams and we've tried hard to make them last<br />We've learned a lot along our way<br />So in simple words, I will try to say"<br /><br />-- sabe quando a música meio que cai como uma luva, até mesmo a última frase? É o caso de <span style="font-style: italic;">These Days Without You</span>, do Neal Casal. De bandeija, agora.<br /><br />* * *<br /><br /><div style="text-align: justify;">Tive das mais agradáveis horas dirigindo - sozinho, em silêncio - de volta de Angra dos Reis na quarta, depois de tanta enrolação e estresse. Deu pra pensar, tomar algumas decisões e até mesmo bolar um Top 5 que faria muito sentido, mas que nunca vai ser feito. Daí quando eu passei a ouvir algumas músicas, me toquei que uma delas, que faria parte da tal lista, serve e muito pra <span style="font-style: italic;">mim</span>. E o mais curioso? Só consegui fazer duas partes, mais uma que veio ontem pelo YouTube, e é uma coisa em aberto, com espaço pra mais.<br /><br />Acho que eu posso de chamar de Top 5 <span style="font-style: italic;">Músicas Para Mim Mesmo</span>. Sim, é isso, e não está terminado, porque ainda temos um ano inteiro pela frente, mas elas traduzem o que está dentro de mim, e também me dizem muita coisa.<br /><br /><div style="text-align: justify;">1. Ben Harper & The Innocent Criminals - <span style="font-style: italic;">Fight Outta You</span><br />2. Foo Fighters - <span style="font-style: italic;">Best of You</span><br />3. Kate Nash - <span style="font-style: italic;">Nicest Thing</span><br />4.<br />5.<br /></div></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-75836498809102933182009-01-01T11:28:00.002-03:002009-01-02T19:18:46.473-03:00Feliz 2009!<div style="text-align: justify;">"People are crazy and times are strange<br />I'm locked in tight, I'm out of range<br />I used to care, but things have changed"<br /><br />-- esse ano quero chegar ao fim e, como Bob Dylan, dizer que <span style="font-style: italic;">Things Have Changed</span>. Nem todas.<br /><br />* * *<br /><br />Praia nem tão lotada, fogos por mais de 20 minutos, tequila, banho de espumante/cidra/champagne, amigos, tequila e cerveja, abraços, fotos, SMS fofos e queridos... e o mar. Paz, tranquilidade, sozinho naquela imensidão, sentindo que a água ia lavando, levando, trazendo; finalmente acreditei naquil0 de <span style="font-style: italic;">vibes</span> e energias.<br /><br />Se o ano resolver seguir a promessa de ontem, vai ser bom, muito bom. E não me importo que seja difícil, porque isso sempre é.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-66978201091132007102008-12-31T17:35:00.005-03:002009-01-13T00:26:14.879-03:00Retrospectiva<div style="text-align: justify;">"And the way I feel tonight<br />I could die and I wouldnt mind<br />And theres something going on inside<br />Makes you want to feel makes you want to try<br />Makes you want to blow the stars from the sky"<br /><br />-- depois de me acabar em <span style="font-style: italic;">Head On</span>, do The Jesus and Mary Chain, fui perguntar o nome do som pra um cara. Ele era gay e me secou, aqui no Rio de Janeiro.<br /><br />* * *<br /><br />Semana passada, escrevi uma carta e arrumei meu quarto por conta dos armários novos, e joguei muita coisa fora, foi ótimo. Mas o mais curioso foi mesmo a tal carta, porque mais até do que a Respectiva 2008 que a Globo apresentava enquanto eu rasgava papel ela me deu a chance de pensar em como foi meu ano. Maluco, cheio de reviravoltas, (muitas) decepções, perspectivas e mesmices, pessoas que foram e novas que vieram, que voltaram ou que vieram e foram. E um sentimento de estar perdido que durou por tempo demais, acho eu.<br /><br />Eu tenho mania de fazer promessas de ano novo, sim. Mas não se trata de arrumar emprego, ou perder peso - opa, essa vai ser daqui a algumas horas, porque o metabolismo parou de cooperar. São coisas relevantes, bem específicas e fazíveis. O Pearl Jam ano passado foi o resultado de uma delas. Esse ano que passou eu tinha praticamente três, e fui feliz (?) em 66,6% delas, curiosamente nas mais complicadas que demoraram meses pra se resolver, tivesse o resultado que tivesse em um dos casos e a outra com resultados em 5 anos. A mais simples, que implicava só a minha pessoa, um pouco de dinheiro e boa vontade... essa ficou na vontade, e talvez tenha direito a um repeteco. Só ela, espero. Dessa vez serão coisas novas, e espero ter a capacidade de levar a cabo.<br /><br />Mas 2008 foi, pro meu espanto, muito mais complicado e difícil do que 2007. Uma montanha-russa emocional de que, ao contrário da anterior, eu não me orgulho nem um pouco, especialmente porque pessoas andaram nela comigo, e nem todo mundo <span style="font-style: italic;">enjoyed the ride</span> - eu sei que eu não, mas era (mais do que) necessário. Sei que é um jeito tosco e bastante covarde, mas eu peço desculpas a cada uma delas, mas foram <span style="font-style: italic;">honest mistakes</span>, seja o motivo que for, ou o "campo" que for, mas a gente às vezes aprende do jeito mais difícil e mais doloroso, e o que mais me deixa triste é saber que fui o motivo de maus bocados pra gente que merece tudo de bom. Foi também difícil constatar que um sonho de vida não saiu bem como eu queria ou planejava, e que terei longos 5 anos pela frente, mas ao mesmo tempo começar a mudar isso foi um dos pontos altos, e agradeço a quem me apoiou, por palavras, gestos ou pelo simples exemplo que me deu. Comecei e parei com a terapia, e ela se mostrou muito útil e faz falta agora, mas tudo é uma questão de escolhas e organização financeira. Organização, aliás, que passou a ser prioridade e fruto de uma escolha, mas sem contar com possibilidades que não se concretizam e me ensinam que de nada adianta fazer planos sem ter certeza das coisas, porque o tombo sempre é (foi) maior.<br /><br />Por outro lado, finalmente fui à Argentina e vi que esse preconceito idiota dos brasileiros é unilateral e <span style="font-style: italic;">nuestros hermanos</span> têm MUITOS motivos para que gostemos deles, mesmo que eles não tenham nascido por lá. Não é a toa que este que vos fala quase foi morar lá por alguns meses, mas tudo tem motivo pra acontecer ou deixar de. Vi também que alguém que veio ao mundo por um "erro" pode ser uma fonte de felicidade pra muita gente - bem como alguém que foi planejado e para muitos seria uma loucura -, e que aquelas pessoas que têm amor pelo filho dos outros têm razão. Consegui resolver muita coisa interna, passei a ouvir músicas um pouco diferentes do que costumo e gostei disso, revi muitos amigos queridos e que alguns deles entraram em outra fase de vida. Eu mesmo voltei a uma fase da vida que eu achava que tinha acabado, e vejo que foi a coisa certa. Agora mais pro fim do ano, descobri da melhor maneira possível que a vida tem seu lado cíclico, e só estaria mais feliz se um oceano não tivesse se tornado uma espécie de barreira, sendo que ao mesmo tempo isso me dá mais motivos pra ansiar por 2009, coisa de 20 dias.<br /><br />Acho que hoje, mais do que nunca, eu quero que chova (pouco, pelo amor de Deus!), não pra miar a festa de ninguém. Mas eu quero virar o ano e me lavar, olhar pra trás e poder me orgulhar por ter tido um ano complicadíssimo mas, ao mesmo tempo, que me ensinou horrores, do qual eu saí "vivo" e de cabeça erguida, com boas perspectivas e especialmente expectativas, planos, projetos. Pronto pro que der e vier, mais bem preparardo pra isso e sem ter que cometer os mesmos erros que cometi, <span style="font-style: italic;">honest</span> ou não, sendo uma pessoa melhor mesmo, tanto pra mim mesmo quanto para os outros. Há tempos que eu não fico tão esperançoso ou mesmo me importando tanto com uma virada, mas 2008/09 tem um peso que... talvez eu nunca tenha sentido numa virada, verdade seja dita.<br /><br />Como de praxe, tentei pensar em fatos mais marcantes ou bobeiras, um Top 5 pra música ou filmes, mas acho que prefiro fazer uma lista menos específica mesmo, de fatos ou coisas marcantes, cada qual na sua área. Seria o <span style="font-style: italic;">Top 5 2008</span>, criativo assim mesmo.<br /><br />* a palavra <span style="font-weight: bold;">eventualmente</span> não existe em português, nem no Houaiss. Passado, eu parei de usar na hora, mas em inglês ainda vale. Me tiraram essa certeza da vida, junto com saber que <span style="font-style: italic;">Wishing Well</span> é do Free, e não do Blackfoot.<br /><br />* pedir demissão do mesmo lugar duas vezes e ver sua chefe pedir pra você ficar porque ela simplesmente GOSTA de você (além do seu trabalho, é claro) é bom pro ego, mas especialmente por mostrar que eu ainda acerto com pessoas.<br /><br />* finalmente eu vi o R.E.M. ao vivo e, sem querer (ou não), foi melhor do que eu tinha imaginado quando tinha 17 anos. Vida cíclica, de novo, e esse "vi o R.E.M." é bem maior e mais importante do que parece, especialmente porque uma pergunta comendo hamburguer foi, ao mesmo tempo, de foder e de fazer ver mais claramente.<br /><br />* o milagre dos torrents e do Last.fm tornaram quase impossível eu fazer outra lista dos discos mais relevantes do ano, e eu teria que citar muitas coisas. Como foi muito mais um ano de músicas do que de discos ou artistas, eu deixo 2008 como um ano rico em música, só isso.<br /><br />* ter a mais clara sensação de que você faz mal pra alguém que você ama. Isso é algo por que ninguém deveria passar, mas é crucial em alguns casos, e ao mesmo tempo que machuca, te dá forças pra seguir em frente. Pena que a maioria dos homens não sabe "aproveitar" ou mesmo usa isso da forma mais cretina possível.<br /><br />Estão me chamando na cozinha, e acho que já falei até demais. O resto vai ser na praia, eu vou ter tempo de sentir tudo isso mais tarde e, por que não?, chorar pra fazer com que tudo se vá mesmo. Quero mais é esse peso pra amanhã estar mais leve, e pronto. Que venha 2009, com tudo que ele tem pra me oferecer.<br /><br />Feliz ano novo, e tudo de bom pra nós todos.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-76738396558230479432008-12-23T22:33:00.009-03:002008-12-27T00:23:12.967-03:00Тетрис"Over futile odds<br />And laughed at by the gods<br />And now the final frame<br />Love is a losing game"<br /><br />-- você não poderia estar mais errada, Amy. Nem sempre <em>Love Is a Losing Game</em>.<br /><br />* * *<br /><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);"><strong><span style="font-size:180%;">Tetris</span></strong><br /><em>Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.</em></span><br /><div align="justify"><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Tetris (em russo, Тетрис) é um jogo electrônico muito popular, desenvolvido em 1985-1986 por Alexey Pajitnov, Dmitry Pavlovsky e Vadim Gerasimov. Pajitnov e Pavlovs<a href="http://1.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SVGY402ur_I/AAAAAAAAALU/PHhZWI9z5tU/s1600-h/NES_Tetris_Box_Front.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5283171939910594546" style="margin: 0px 0px 10px 10px; float: right; width: 223px; height: 320px;" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_up-yNWqROvw/SVGY402ur_I/AAAAAAAAALU/PHhZWI9z5tU/s400/NES_Tetris_Box_Front.jpg" border="0" /></a>ky eram engenheiros informáticos no Centro de Computadores da Academia Russa das Ciências e Vadim era um aluno com 16 anos.</span></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 0, 0);">O objetivo do jogo é encaixar tetraminós, que são peças de diversos formatos que descem do topo de uma tela. Quando uma linha é completada, desaparece e dá pontos extras ao jogador. O jogo termina quando as linhas incompletas se empilham até o topo da tela do jogo.</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Um dos jogos mais viciantes do início da era dos computadores pessoais, Tetris foi ganhando uma legião de fãs e muitas versões à medida que estes computadores foram evoluindo. Teve versões em diversas plataformas, inclusive em Commodore Amiga, mas foi no Game Boy da Nintendo que o jogo teve mais sucesso, sendo inclusive o principal factor para o grande sucesso do Game Boy.</span><br /></div><br /><div align="justify">Uma vez, com a Berdz no japonês, a gente montou a metáfora do Tetris pro rodízio, em que um arroto valia pelo tetraminó de 4 espaços em linha reta, o vermelho (daí a cor do texto acima), como me disseram ontem, porque liberava umas quatro linhas e dava mais espaço pra caírem as pedrinhas, ou seja, o sushi. Mas tinha uma hora em que a coisa não dava mais, e daí fazia aquele barulhinho engraçado de quando acabava, porque lotou. Ao menos no Game Boy fazia. Por sinal, a música que tocava se chama <span style="font-style: italic;">Korobeiniki</span>, e dá pra se achar várias versões legais, como a do Ozma (banda indie).</div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Mas ontem eu ouvi uma metáfora pro Tetris muito melhor, e definitivamente mais relevante do que a do japonês. Uma metáfora que fez sentido, foi bem colocada para ilustrar e me deixou mais motivado pra jogar bem do que sentar na frente de um PC pra jogar PES 2008 e ver, com gosto, uma pessoa quieta ficar falante e animada. Deu foi vontade de jogar como nunca, melhor do que Kyle e Stan juntos no Guitar Hero, e bater qualquer recorde que eu tenha até hoje. Fazer com que, de tetraminó em tetraminó, o jogo vá longe - muito longe - e as peças de 4 espaços sejam cada vez menos necessárias.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Afinal de contas, esse Tetris tem tudo pra dar certo e ser um belo <em>winning game</em>. </div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8444103019237094745.post-50920761034092925602008-12-11T13:42:00.014-03:002008-12-13T16:49:36.500-03:00Olvidamento<div style="text-align: justify;">"Fortune, fame<br />Mirror vain<br />Gone insane<br />But the memory remains"<br />-- começar um post com <span style="font-style: italic;">The Memory Remains</span>, do Metallica, só me veio hoje. O texto vem desde sempre.<br /><br />* * *<br /><br />Mais ou menos citando o Homem-Aranha, minha memória é, ao mesmo tempo, minha benção e minha maldição (no caso dele, isso seria subir paredes, ter super-força, agilidade e sentido de aranha). Juro que isso não é fazer drama, ou exagerar, mas acho que as pessoas que mais convivem comigo, ou mais intimamente, já perceberam isso, especialmente quando eu faço minha cara de decepção porque a pessoa não se lembra de algo que eu me lembro, ou acho importante - geralmente só pra mim. Minha ex-terapeuta tentou e até que conseguiu me convencer de que isso tem que parar, porque eu não posso esperar que todo mundo dê o mesmo valor que eu dou a determinadas coisas, ou mesmo que simplesmente tenham uma memória boa como a minha.<br /><br />Eu me lembro de detalhes, de roupas (especialmente quando eu conheço alguém, sou pior do que mulher), de falas em filmes, de falas em bar, de conversas, de datas, de rostos, de piadas, de atos falhos, de hora, de risadas, de choros. E isso tem reflexo quando eu vou contar uma história, porque eu coloco tudo que consigo lembrar, o que irrita muita gente, como a Bell, que prefere ser feliz. Deve ser por isso que eu sempre procuro detalhes pra me lembrar, até porque isso pra mim significa que eu me importo, algo do tipo. Não gasto meu tempo tentando reparar em picolé de chuchu, ou em gente chata.<br /><br />Mas, além da parte da frustração, essa memória vem com um... problema. Acho que ninguém melhor do que Drummond conseguiu expressar isso, e é incrível como ele consegue ser tão preciso com tão poucas palavras. O poema chama-se <a href="http://www.memoriaviva.com.br/drummond/index2.htm">Memória,</a> e foi o primeiro que eu consegui memorizar, talvez pela significância que ele tem pra mim, porque no fim, as coisas... ficam mesmo, e pra sempre ficarão. Pro bem, ou pro mal, verdade seja dita. Tem coisas que nunca serão esquecidas, por mais que devessem o ser, para o bem de todos, e elas são... confusas? Talvez. Alegres? Muitas vezes. Dolorosas? Poucas, mas por vezes, sim. E daí, qualquer coisa as faz voltar, tanto lembranças boas quanto ruins, e isso pode ser um cheiro, uma música, uma palavra ou outra, uma imagem... ou simplesmente o vento soprando pro lado errado. O segredo é saber conviver com isso. Não que a vida deva ser calcada por isso, mas manter tudo no tangível vale a pena.<br /><br />Ok, comecei a viajar aqui, pensar em outras coisas. Mas o fato é que a memória atrapalha, mas também tem o lado benção. Quantas pessoas eu não vi abrirem um sorriso por eu lembrar alguma coisa, ou mesmo ouvi um "Nossa, nem lembrava disso!" feliz, e agradeci pela HD que tá na cachola. E faço questão de continuar lembrando, até porque gosto de saber e de lembrar, por exemplo, o exato dia em que dei meu primeiro beijo (8 de novembro de 1998), a primeira coisa que eu disse pra pessoas que hoje me são especiais ou até mesmo a frase que minha mãe usou quando me viu no aeroporto, voltando dos EUA, em 2001. E gosto de me lembrar de coisas "bobas", mas desses detalhes que são absurdamente significativos (uma mensagem de ICQ que desencadeia coisas e promessas de jogar no poste, um sabor de sorvete, uma piada com nome de bairro), mas seriam tantos e pra tantas pessoas que esses eu prefiro guardar pra dizer pra pessoa, talvez até mesmo numa <span style="font-style: italic;">sober-drunk confession</span>, porque o sorriso vai valer a pena.<br /><br />A real é que eu tô mesmo conseguindo lidar melhor com essa coisa da frustração, mas uma nova tem vindo pra mim. Das pessoas eu tento não esperar mais muita coisa nesse sentido, e é melhor assim, prefiro continuar sendo eu o <span style="font-style: italic;">provider</span> de memória, sabendo que cada pessoa tem seu jeito de demonstrar certas coisas - acho que é isso pra mim, eu tento demonstrar que gosto da pessoas por lembrar de coisinhas. *momento auto-análise* Essa nova frustração é minha sobre mim mesmo, porque pra alguém que até se orgulha da memória, é ruim não lembrar quando eu disse pros meus pais que os amo, ou mesmo lembrar quando foi a última vez que entrei pra dar uma aula e saí pensando "Como eu gosto disso!". Coisas que me são caras, mas que eu deixo passar, ou mesmo não sinto há tanto tempo que ficaram mais distantes. Pelo menos pra algumas delas eu tenho a solução, e ela só depende de mim.<br /><br />O curioso é, por sinal, que eu tinha começado esse post há algum tempo. E tinha me esquecido de terminar.<br /></div>Paulo Tiagohttp://www.blogger.com/profile/03584588864912567019noreply@blogger.com5