sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pérolas

"Ontem você acabou comigo
Quase não chego vivo em casa
Subi as escadas rastejando
Olhos vermelhos, lacrimejando
Todo cheio de porrada"
-- só porque eu finalmente consegui a discografia inteira do Velhas Virgens. No caso, Madrugada e Meia.

* * *

(uma pessoa acordando, a outra chegando em casa, umas 9h30 da manhã)

- Ele tem uma importadora de cerveja?
- Tem sim, sei lá... era uma coisa assim. Só fui saber disso hoje cedo, e quase soltei um "Como você chama mesmo?".
- hahaha E pegou o telefone?
- Eu não queria dar, mas daí ele pegou meu telefone e me ligou pra ver se era o certo. Eu tinha pensado em dar o errado, mas ainda bem que eu dei o certo.
- Vai sair com ele hoje?
- Não! Putz, que raiva... quando a gente faz alguma coisa de homem, vocês ficam todos mulherzinha. "Ai, quando eu vou te ver de novo?" ou "Posso te ligar amanhã?".

(por isso também eu sou tão fã dela; e quem não te conhece que te compre)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Motorzinho

"You need passion, we need passion
Can't live without passion
Won't live without passion"

-- vai parecer piada, mas isso é Rod Stewart, em Passion.

* * *

Pessoas sem uma paixão na vida são um caso complicado. Ou algumas, não precisa ficar preso a alguma coisa só. Meu pai, que talvez seja meu maior role model, pro bem ou pro mal, me mostra uma coisa que eu não quero ser, e acho que não vai ser o caso: uma pessoa sem paixões.

"Ah, mas eu amo meu namorado, sou apaixonada por ele", diria alguém. Que bom, mas não é disso que eu tô falando. "Sou apaixonado pela minha família". Legal, eu também sou, mas não é isso. "Meus amigos são a paixão da minha vida". Também não, até porque nesse caso é uma coisa que talvez só eu seja de fato no meu household - e isso não tem a ver com a quantidade de amigos (ou melhor, amigas?) que eu tenho, como algumas pessoas já notaram.

Eu falo de paixões SUAS. Eu conheço gente que tem verdadeira tara pelo trabalho, chega a fazer um workaholic parecer um vagabundo, mas não pela quantidade, mas sim pelo empenho, pela empolgação. Tenho amigas, eu diria, cuja paixão é o teatro, e eu gosto de ver como elas ficam quando falam sobre isso, especialmente se é o caso de uma peça delas. Alguns dos meus amigos são loucos pelos times de futebol, e pelo esporte em si. Um ex-aluno meu - acho que posso dizer "meu amigo", apesar de ele me chamar de teacher até hoje - é bem caladão, mas falar de música com ele faz com que o bicho mude. Algumas pessoas são apaixonadas por viajar, conhecer novos lugares - e não é só gostar, é AMAR a coisa.

No meu caso, acho que é literatura, mais até do que música ou cinema. Claro, o livro do Pearl Jam foi o fruto de alguém conhecer essa paixão que eu tenho, e mais especificamente uma vertente que até então ninguém (friso: NINGUÉM) sabia: os tais cartazes de shows. Mas talvez nada faça meus olhos brilharem tanto quanto falar sobre livros, impressões, explicar, mostrar conexões, falar da relação deles com o mundo. Curiosamente, eu percebi isso nos EUA, por causa de um sorrisinho bobo (no melhor sentido da palavra) e um "You should see the way your eyes shine when you talk about books", porque eu falava sobre 1984 e Admirável Mundo Novo.

Acho que o que eu quero dizer é que não é ruim ter como paixões sua família e seus amigos, como metade do orkut gosta de dizer. O que eu penso é que... sei lá, parece que a pessoa, ou a vida dela, fica meio vazia sem mais nada. Eu gosto de ouvir alguém falar de coisas pelas quais ela é apaixonada, e pode ser biologia, mas é uma coisa da pessoa, na qual ela pode se aprofundar, se soltar, se empolgar, sem necessariamente depender dos outros. Isso se reflete nas conversas, e quem me conhece sabe como isso pesa pra mim, até porque eu sempre brinco dizendo que uma hora tudo que a gente vai ter pra fazer na vida vai ser conversar com os outros. Falar dos outros é legal, contar histórias também - eu que o diga -, mas tão bom, tão legal quanto isso é falar e ouvir também alguém falar, com os olhos brilhando, sobre alguma paixão e ver o porquê daquilo ser o que é pra pessoa, e que isso não seja contar o que os outros fizeram.

Confesso que sempre que escuto alguém fico até com uma ponta de inveja, sabe? Acho que é porque me fica uma coisa de "Isso parece ser tão bacana, como eu nunca fui atrás antes?", e daí me vem a vontade de ler, ver, ouvir, aprender. Só que nem sempre eu vou porque, por outro lado, gosto de saber que aquela não é a minha paixão, é a de alguém, e talvez seja justamente por saber que eu sempre vou poder aprender um pouco mais, alguma coisa nova, que essa pessoa me cause a admiração que eu sinto por ela.

E, sinceramente, todo mundo tem essa capacidade. Sou da humilde opinião que eu consigo ver isso e até que bem, e por isso ainda sou tão fascinado pelas pessoas. Talvez essa seja minha real paixão, justo com o Guimarães e o Drummond, claro.

* * *

Agora, comenta ae: o que te move, hein? Sem mentir!

domingo, 15 de junho de 2008

Random

"I'm feeling rough, I'm feeling raw, I'm in the prime of my life.
Let's make some music, make some money, find some models for wives.
I'll move to Paris, shoot some heroin, and fuck with the stars.
You man the island and the cocaine and the elegant cars."
-- o MGMT dá as dicas com Time to Pretend.

* * *

Esse post é descaradamente roubado de um outro blog, idéia da Bruna (aka "Brota"). E é muito legal!

Vamos montar uma banda?

Nome da minha banda: Department of Arts, Sport and Tourism

Disco: Random Quotations

Capa:


Será que vai fazer sucesso? Uma das músicas vai ter que se chamar Modo Texto, fato.

domingo, 8 de junho de 2008

* PEARL JAM Vs. AMES BROS *

"Don't it make you smile?
Don't it make you smile?
When the sun don't shine? (shine at all)
Don't it make you smile?"
- Eddie Vedder, sua gaita, o Pearl Jam e Smile.

* * *

"Este é, na verdade, também um presente pra mim. Sempre um prazer, uma alegria poder ver seus olhos brilharem. Depois de muitas voltas, ele chega, enfim, nas mãos do único dono que poderia imaginar."


Hoje eu ganhei um livro. Livros são sempre bons presentes, ainda mais pra mim. Mas esse é especial, por vários motivos - a começar pela dedicatória, e por tudo que ele acaba representando. E é, sem a menor sombra de dúvida, o melhor presente que eu ganhei na vida. Foi uma pena não ter demonstrado tão efusivamente, mas você sabe disso, pode acreditar.

Obrigado. Obrigado MESMO!